Introdução - Inovação não é só sobre o futuro, é também sobre o agora
A palavra inovação geralmente faz pensar no futuro e em formas de se destacar nele. Mas será que é só o futuro que importa para sua empresa? Uma estratégia de inovação para daqui a 5 anos e uma para o próximo mês não se desenham da mesma forma. Uma solução para isso pode estar no uso dos horizontes de inovação.
Para aumentar as chances de sucesso e diminuir o risco, é crucial olhar para o futuro de forma racional. Neste artigo, você vai aprender como se planejar para o futuro a curto, médio e longo prazo com um framework de inovação adotado por grandes corporações há mais de 20 anos.
Leia mais: Sua empresa tem uma estratégia de inovação?
Inovação: onde o presente e o futuro se conectam
A inovação nas empresas não é o que vai acontecer daqui a dois anos. É o que está acontecendo agora para solucionar problemas reais. Para isso, é preciso estar atento a um mercado volátil e às expectativas dos clientes — cada vez mais altas.
Por outro lado, também é essencial ter visão clara sobre tendências e tecnologias emergentes. A cultura de inovação vive na intersecção entre presente e futuro. E é justamente aí que entra o desafio: como equilibrar essas duas visões para tomar decisões que façam o negócio prosperar?
Da metodologia à prática: como surgiram os horizontes de inovação
No início dos anos 2000, o livro “A Alquimia do Crescimento”, da McKinsey, propôs um novo jeito de interpretar o futuro. O estudo analisou as 30 empresas que mais cresciam no mundo e deu origem a um modelo que sustentaria o crescimento contínuo de organizações em todo o mundo.
Esse modelo ficou conhecido como Horizontes de Inovação, e permite uma visualização clara das oportunidades em três dimensões temporais:
- H1: curto prazo
- H2: médio prazo
- H3: longo prazo
Cada horizonte exige objetivos, estratégias e ferramentas diferentes.

Os 3 horizontes de inovação e como usá-los
H1: Sustentação dos negócios principais
Foco em solidificar o core business, otimizando produtos e serviços atuais. Projetos do H1 têm menor risco, são voltados ao curto prazo e visam manter a eficiência da operação.
Desafios:
- Colocar o cliente atual no centro sem se limitar às suas solicitações.
- Capacitar o time atual para aplicar novos métodos e tecnologias.
- Sensibilizar a média gerência sobre a importância dessas mudanças.
Estratégias:
- Começar com um time pequeno e escalar conforme a evolução.
- Otimizar processos e promover capacitação técnica.
- Alinhar a inovação aos objetivos imediatos do negócio.
H2: Criação de novos negócios adjacentes
O segundo horizonte busca expandir o core business com novas soluções, produtos ou públicos. Está ligado ao médio prazo e envolve médio risco.
Desafios:
- Antecipar tendências de consumo e mercados futuros.
- Conquistar o apoio da alta liderança.
- Superar barreiras culturais dentro da empresa.
Estratégias:
- Construir teses de inovação sólidas e alinhadas à liderança.
- Promover integração entre inovação e outras áreas do negócio.
- Estimular programas de intraempreendedorismo.
H3: Criação de negócios futuros e disruptivos
Aqui entra o planejamento de longo prazo, voltado a inovações radicais ou disruptivas. Esse horizonte envolve mais incerteza e maior potencial de impacto.
Desafios:
- Lidar com a imprevisibilidade e a complexidade tecnológica.
- Mostrar valor mesmo sem retorno imediato.
- Enfrentar a resistência de empresas pouco abertas à inovação.
Estratégias:
- Criar times ágeis e multidisciplinares.
- Estabelecer uma governança que proteja os objetivos de longo prazo.
- Criar planos futuros e revisá-los constantemente.
Conclusão - Uma cultura de inovação que sustenta o presente e prepara o futuro
Adotar os horizontes de inovação como framework estratégico permite que empresas planejem ações equilibradas entre curto, médio e longo prazo. Isso fortalece a cultura de inovação e ajuda a gerar valor tanto no presente quanto no futuro.
Mais do que seguir tendências, a inovação exige visão, estratégia e execução bem alinhadas. E com os 3 horizontes, é possível tornar isso mais tangível para lideranças, times e toda a organização.
Perguntas Frequentes (FAQ)
1. O que são os horizontes de inovação?
É um modelo estratégico criado pela McKinsey que organiza os projetos de inovação em três horizontes: curto (H1), médio (H2) e longo prazo (H3).
2. Qual é o objetivo dos horizontes de inovação?
Equilibrar esforços de inovação no presente e no futuro, mantendo a operação atual eficiente enquanto se cria espaço para inovação transformadora.
3. O que é o H1 nos horizontes de inovação?
É o horizonte voltado ao core business atual, com foco em melhorias operacionais e soluções de curto prazo, com menor risco envolvido.
4. Como usar os horizontes de inovação na prática?
Dividindo os projetos entre os três horizontes e adaptando estratégias e ferramentas específicas para cada um. Isso ajuda na priorização e no planejamento estratégico.
5. Quem deve aplicar os horizontes de inovação?
Gestores de inovação, lideranças estratégicas e equipes de planejamento que desejam estruturar melhor seus esforços de inovação e garantir crescimento contínuo.