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Você já sentiu que tudo está mudando rápido demais — e que mal deu tempo de se adaptar à última transformação? Você não está sozinho.
A cada novo relatório global sobre o mercado de trabalho, uma certeza se confirma: as competências que trouxeram sua empresa até aqui não são as que vão garantir o sucesso daqui pra frente.
Segundo o Future of Jobs Report 2025, do Fórum Econômico Mundial, quase metade das habilidades exigidas hoje serão substituídas ou transformadas nos próximos dois anos. Sim, 44% das habilidades dos trabalhadores precisarão mudar até 2027. E a maior parte das empresas ainda está patinando para responder a isso com estratégia.
Mas aqui vai o pulo do gato: não é sobre tecnologia, é sobre comportamento. (já falei sobre isso na última news e continuo a bater nessa tecla!)
A inteligência artificial, por exemplo, não vai "tomar seu lugar", mas ela vai exigir que você desenvolva outras competências, aquelas que nenhuma IA consegue replicar: pensamento crítico, criatividade, colaboração, julgamento ético, visão sistêmica.
E isso exige um novo olhar para o que realmente importa: quais são as competências que vão sustentar profissionais e organizações no futuro?
Com a IA como catalisador, os ciclos de inovação estão ficando mais curtos. Ideias são validadas, testadas e descartadas em semanas, não mais em anos.
Isso gera uma pressão imensa por eficiência, adaptabilidade e reaprendizado constante.
Como diz o Pedro, CEO da ACE Ventures:
" A boa notícia é que nunca foi tão fácil criar. E essa também é a má notícia.
A inovação está sendo impulsionada por mudanças tecnológicas — como a IA — mas a real disrupção está acontecendo no comportamento das pessoas.
A maioria dos obstáculos à inovação não é técnica — é humana. Falta clareza, alinhamento estratégico, abertura ao risco.
O que separa quem avança de quem estagna não é acesso à tecnologia, e sim a capacidade de aprender, se adaptar e decidir com clareza.
Como o Pedro também apontou em sua palestra no Encontro de Líderes de Inovação que fizemos na semana passada, as empresas ainda querem inovar sem arriscar, liderar sem convicção e mudar sem mudar.
A solução está em desenvolver as competências certas — antes que a próxima mudança bata na porta.
Antes de nos aprofundarmos nas 10 competências mais citadas pelo Fórum Econômico Mundial, queremos começar com uma visão que representa as apostas da Future Dojo — baseada na nossa atuação com líderes e times de empresas que já estão se preparando para o que vem aí.
Porque não basta falar sobre o futuro dos negócios — é preciso entender quais competências os profissionais precisarão dominar para fazer esse futuro acontecer.
Esse esquema mostra duas dimensões que devem coexistir dentro das organizações e nas trilhas de desenvolvimento de qualquer profissional protagonista:
Competências focadas em excelência operacional, clareza de decisão e execução com agilidade.
→ Aqui falamos de resolução de problemas, comunicação de impacto, transformação digital, liderança estratégica e cliente no centro.
Habilidades ligadas à inovação, experimentação e visão de futuro.
→ Aqui entram criatividade aplicada, IA generativa, design de negócios, intraempreendedorismo, ambidestria organizacional e muito mais.
Na Future Dojo, temos apostado no desenvolvimento simultâneo dessas duas frentes — porque o profissional do futuro não é um especialista técnico ou um criador visionário. Ele é os dois.
Essas são as competências que estamos vendo crescer na prática — nos programas, nos resultados e nos feedbacks das organizações que escolhem se preparar para o novo ciclo da economia.
A seguir, desdobramos essas competências em 10 grandes pilares globais, conectando a visão da Dojo com o que há de mais relevante no Future of Jobs Report do Fórum Econômico Mundial:
Baseadas no Future of Jobs Report do Fórum Econômico Mundial, essas são as competências que não só estarão em alta — como já estão definindo quem avança no mercado.
Saber olhar para um problema, destrinchar variáveis e encontrar padrões é essencial — mas o diferencial está em transformar análise em ação.
📌 Profissionais que pensam com clareza e conseguem gerar hipóteses testáveis lideram processos de melhoria contínua e inovação.
Aprender continuamente não é mais diferencial — é pré-requisito. E exige disciplina, método e curiosidade.
E não basta “aprender rápido”. É preciso saber o que aprender, como, e quando aplicar.
📌 Equipes que aprendem mais rápido que a concorrência criam vantagem competitiva mesmo sem ter os melhores recursos.
A IA pode ajudar, mas decisões difíceis ainda pedem julgamento humano. Saber navegar incertezas e construir soluções criativas será diferencial absoluto.
📌 Resolver problemas exige visão sistêmica, navegar ambiguidade e tomar decisões sob pressão.
Questionar sem ser destrutivo. Analisar sem enviesar. Argumentar com clareza.
Ser capaz de questionar premissas, avaliar consequências e distinguir sinal de ruído é uma das soft skills mais difíceis de automatizar.
📌 Em um mundo cheio de ruído, saber discernir o que importa é vital para qualquer tomador de decisão.
Criatividade não é só ter ideias. É colocá-las para rodar — mesmo quando o cenário é incerto ou o caminho não está claro.
Se IA é lógica, humanos são contexto. Ideias novas, conexões inusitadas e capacidade de execução serão ainda mais valiosas.
📌 Profissionais criativos lançam MVPs, redesenham processos e criam experiências que encantam clientes.
Inspirar, conectar e engajar pessoas em tempos de transformação — isso vai além da hierarquia. A liderança do futuro é distribuída.
Liderar não é dizer o que fazer — é criar clareza, contexto e engajamento. É saber guiar equipes mesmo sem todas as respostas.
📌 Líderes que influenciam com confiança e empatia aumentam a performance, reduzem turnover e criam cultura forte.
Não é preciso ser técnico, mas sim fluente em ferramentas digitais e saber onde e como aplicá-las com propósito.
📌 Profissionais fluentes em IA, automação e análise de dados tomam decisões mais informadas e operam com mais agilidade.
Inovação de verdade não nasce do consenso — ela vem do atrito construtivo entre olhares diferentes.
📌 Equipes diversas e colaborativas chegam a soluções mais criativas, sustentáveis e eficazes.
A capacidade emocional de se adaptar e manter clareza diante da incerteza se tornou central para quem lidera e executa.
Mais do que aguentar o tranco, é sobre reconfigurar-se com agilidade e lucidez.
📌 Num mercado instável, quem muda mais rápido (sem perder o foco) sobrevive — e muitas vezes lidera.
A empatia é a base de toda conexão humana — e também da inovação centrada no usuário.
Saber lidar com frustrações, conflitos, feedbacks e momentos de pressão virou diferencial competitivo — para times e líderes.
📌 Equipes emocionalmente inteligentes colaboram melhor, lidam com o erro de forma construtiva e inovam com segurança.
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Essas são as competências que, na nossa visão, não podem mais ser vistas como “soft”.
Elas são essenciais — e entregam resultado direto no que importa: performance, inovação e cultura de futuro.
E o melhor: elas são treináveis. Desde que você tenha o ambiente certo, o desafio certo, e a metodologia certa
Falar de competências do futuro não é sobre prever um amanhã distante. É sobre encarar o presente com mais consciência.
A verdade é que o futuro não chega de uma vez — ele se infiltra nas decisões que você está tomando hoje. Nas reuniões em que ninguém questiona. Nos projetos que morrem por falta de dono. Nos talentos que se vão por falta de ambiente.
Desenvolver competências não é sobre "treinar habilidades". É sobre criar uma cultura em que aprender, experimentar, errar e evoluir fazem parte do trabalho — não são exceções.
É sobre construir um time que:
✅ Aprende mais rápido do que o mercado muda.
✅ Toma decisões mesmo quando o cenário ainda é incerto.
✅ Cria valor com o que sabe — e com o que ainda está aprendendo.
✅ Lidera mesmo sem cargo. E colabora mesmo sem alinhamento perfeito.
Por aqui, acreditamos que essas são as pessoas que criam o futuro.
E são elas que transformam inovação em impacto real.
CEO da Future Dojo e Sócio ACE Ventures
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